Capítulo 7: Imprevisto

domingo, 18 de dezembro de 2011

Lembro-me da apenas de estar descendo para almoçar no restaurante do hotel, quando de repente acordo em uma cama de hospital.

- O que aconteceu comigo? – Perguntei quando uma enfermeira entrou no quarto.

- Você teve um desmaio, a Doutora Clarke vem conversar com você. – Ela disse enquanto checava o meu soro.

- Obrigado.

Ela saiu do quarto e logo uma mulher loira, muito bonita e muito jovem, deveria ter uns 30 anos, entrou no quarto.

- Samantha Rolston, certo? – Perguntou a doutora olhando minha ficha.

- Sou eu, você é a Doutora Clarke?

- Elizabeth, por favor. – Ela sorriu para mim.

- Qual o diagnostico?

- Você deve saber o que tem certo? – Ele gentilmente sentou em minha cama.

- Claro!

- Sabe que deveria ficar internada. – Ela me olhou tristemente.

- Eu não vou passar os últimos dias de minha vida numa cama de hospital.

- Eu entendo, mas entenda que não posso te dar alta.

Ela me lembrava muito Dave, parecia não sair do hospital, parecia criar um laço com seus pacientes. Ela seria perfeita para ele, eles formariam um lindo casal.

- Diga a eles que eu fugi, não importa.

- É duro ver um caso como o seu. – Ele tocou meu rosto. – Tão jovem e bonita.

- Doutora... - Ela me interrompeu.

- Elizabeth. – Me corrigiu.

- Elizabeth, eu tenho um médico, Dave, ele checou todos os meus exames e não viu saída para mim. Ele me acompanha há 5 anos, e me deu apoio para viver minha vida.

- Ele está totalmente certo, Samantha. Eu não posso te dar alta, mas posso te receitar alguns medicamento e explicar que não faria diferença você esta em um hospital ou em casa.

- Seria ótimo, obrigado. – Fiquei agradecida.

- Agora me prometa ter cuidado sem muitos esforços se não você agrava significativamente a doença, e acaba reduzindo seu tempo também. – Ela me explicava cuidadosamente.

- Tudo bem.
Ela começou a escrever alguma coisa, provavelmente remédios. Não pude deixar de perceber a semelhança dela com Deve, o carinho, a atenção, o cuidado, o sentimento, o amor pela medicina, a esperança, o brilho no olhar.

- Você é casada? – Perguntei sem ao menos pensar.

- Não, não tenho tempo para manter nenhum namorado quanto mais um marido. – Ela falou um pouco alegre.

- Tem alguém que eu quero que você conheça. – Ela me olhou sem entender. – Mas não agora, no futuro ele vai te procurar. – Eu falei seria.

- Tudo bem. – Ela me olhou confusa, mas não discutiu. – Aqui esta sua receita medica.

- Obrigado. – Eu peguei o papel.

- Como eu queria poder te ajudar Samantha.

- Tudo bem Elizabeth, já me ajudou bastante.

- Não o suficiente. – Ela falava com grande pesar.

- E já me acostumei com a idéia.

Quanto mais eu falava com Elizabeth, mas via a semelhança com Dave.

- Doutora Elizabeth dirija-se a sala de emergência, Doutora Elizabeth. – Gritava os alto-falantes.

- Você tem que ir, e eu também. – Dei um sorriso a ela. – Adeus Elizabeth.

- Adeus Samantha. – Ela me deu um abraço apertado.

Eu nunca mais iria vê-la novamente, mas gostaria muito que Dave a conhece-se, eu não podia deixá-lo sozinho e ela era tão boa quanto ele, amorosa, carinhosa, sensível, esperançosa, compreensiva.

Almocei no London Hospital e depois voltei diretamente para o hotel. Todos os remédios que Elizabeth tinha me receitado eu já tinha, eram os mesmo que Dave já havia me receitado.

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