Capítulo 8: Descoberta

domingo, 18 de dezembro de 2011

O show parecia está ainda mais cheio, quase não pude entrar na fila.

- Ingresso? – Perguntou o segurança e eu mostrei a pulseira. – A entrada dos Vips é por trás!

- Vips? – Perguntei um pouco confusa.

- É, essa pulseira é a credencial da banda.

- Ah. – Não consegui formar uma frese melhor. – Credencial... Obrigado!

Ele não tinha me dado um ingresso e sim uma credencial para o backstage. Fui para o lugar indicado pelo segurança e entrei rapidamente. O espaço onde eu ficaria era depois da grade, exatamente na frente do palco, e eu tinha a credencial para ficar nos bastidores também.

O show começou, era como se fosse meu primeiro show novamente, como se eu nunca os tivesse visto. Ver aqueles olhos verdes me olhando novamente foi mágico e magnífico. Cada batida da musica meu coração parecia ganhar vida adquirir mais uma dose da maldita esperança que eu tanto repelia de mim. A esperança que eu nunca mais gostaria de ter.

Eu o olhava em cima do palco como se fosse a ultima vez que eu o veria. Aquelas músicas era uma boa dose de esperança em minhas veias.

Eu começava a sentir algo novo em meu coração, algo que eu nunca havia sentindo antes, algo que o apertava o comprimia em meu peito, fazendo meu corpo todo estremecer, que me forçava a ficar olhando aqueles olhos verdes, que vez ou outra pairavam sobre mim. Aos meus olhos ele é inacreditavelmente perfeito.

As lead rains, will pass on through our phantoms; Forever, forever; Like scarecrows that fuel this flame we're burning; Forever, and ever; Know how much I want to show you you're the only one; Like a bed of roses there's a dozen reasons in this gun” – ("Enquanto a chuva de chumbo, passará pelos nossos fantasmas; Para sempre, para sempre; Como espantalhos que alimentam esta chama estamos queimando; Para sempre, sempre; Sabe o quanto eu quero mostrar que você é a única; Como um mar de rosas há uma dúzia de razões neste arma.”)
And as we're falling down, and in this pool of blood; And as we're touching hands, and as we're falling down; And in this pool of blood, and as we're falling down; I'll see your eyes, and in this pool of blood; I'll meet your eyes, I mean this forever” – (“E enquanto estamos caindo, e nessa piscina de sangue; E como estamos tocando as mãos, e como estamos caindo; E nesta piscina de sangue, e como estamos caindo; Vou ver seus olhos, e nessa piscina de sangue; Eu vou encontrar os seus olhos, eu quero dizer isso para sempre.”)

Amor? Finalmente eu o encontrei? Seria isso o sentimento me corroendo por dentro? O aperto no peito? O frio na barriga?

Eu vim sentir amor no final da minha vida... Meu ciclo estava completo.

O Amor que me faltava acabará de me preencher, tomando meu coração que agora batia descompassado.

Amor é esse fogo que queima de uma forma tão boa o coração.

Ao final do show fui para o canto do placo e vi todos, Bob, Ray, Mikey, Frank e Gerard, em um abraço comemorando o sucesso do show. Gerard praticamente pulando de alegria, muito animado.

Fiquei observando a cena, como se o mundo estivesse parado, nada me importava ao meu redor. Dei alguns passos à frente só para observar a cena melhor.

Gerard olhou para mim, e involuntariamente eu sorri.

- Oi. – Ele sorriu – Você veio!

- Sim! – Falei me animando com ele e tentando não focar nos olhos verdes. – Foi um show maravilhoso.

- Obrigado. – Ele sorriu. - Vem aqui. – Ele foi andando se aproximando dos outros e eu o segui. – Hey... Silencio!

Ele tentava falar mais alto que os outros, mas ele era apenas um contra quatro.

- SILENCIO! – Dessa vez ele conseguiu falar mais alto que os quatro. – Essa é a Samantha.

- Que é? – Perguntou o Mikey virando. – Ah... Oi! – Ele falou confuso quando me viu. - Tudo bom? – Ele me estendeu a mão.

- Tudo sim, Obrigado. – Peguei a mão dele. – Parabéns o show foi maravilhoso.

- Obrigado. – Ele virou para os outros e puxou o Bob.

- Oi. – Falei tímida.
- Olá! – Ele sorriu muito simpático.

Enquanto eu falava com Bob, Mikey chamou Ray e Frank.

- E ai? Tudo bom? – Falou o Frank descontraído com um sorriso enorme.

- Ótimo, foi um ótimo show Frank! – O sorriso dele me contagiou.

- Tudo bom? - Ray me estendeu a mão.

- Ótimo Ray! – Sorri para ele.

De um em um eles foram se despedindo e saindo, ficando apenas eu e Gerard.

Eu já sentia os sinais do cansaço a cabeça pesada. Lembrei do que Elizabeth disse “sem muitos esforços se não você agrava significativamente a doença, e acaba reduzindo seu tempo também” e eu já tinha me esforçado muito hoje.

- Gerard, eu já vou! – Disse com a mão na cabeça.

- Espera. – Ele segurou meu punho.

- Eu preciso ir, já me esforcei muito hoje... – Ele me interrompeu.

- Esta sentindo alguma coisa?

- Não, é apenas precaução... Adeus Gerard. – Ele sentiu o pesar de minhas palavras.

- Adeus Sam.

Agente se abraçou, eu sentia algo queimar em meu peito, sentia minhas pernas tremerem, uma vontade imensa de não soltar ele nunca mais, uma vontade que eu nunca havia sentido antes de viver... De viver pelo amor. Amor para viver.

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