Capítulo 9: Visita

domingo, 18 de dezembro de 2011

Voltei para o hotel com uma curiosidade na cabeça e um amor recém-nascido no peito.

Tomei um lento banho, troquei de roupa e deitei na cama com minhas duvidas mais aflorada que antes.

Alguém apressadamente bateu na porta fazendo um eco dentro do quarto. Às três da manhã quem bateria a minha porta?

- Quem é? – Abri a porta cuidadosamente.

- Estava dormindo? – Eu vi aqueles olhos verdes indescritíveis.

Gerard estava com o cotovelo encostado na parede e a mão na nunca.

- Não.

- Posso entrar? – Ele perguntou cuidadosamente.

- Pode. – Eu dei passagem.

- Você foi embora de repente, tive receio de ter se sentido mal novamente.

- Não, eu sinto muito bem. – Apontei uma cadeira que tinha no quarto. – Quer sentar?

- Claro. – Ele sentou-se na cadeira e eu ao pé da cama.

- O show foi maravilhoso.

- Obrigado. – Ele encarou as mãos.

- Não veio apenas por isso, não é mesmo?

- Não... É que... Amanhã eu vou embora da cidade e tem algo em você que eu não sei explicar... Aguça minha curiosidade.

- Sobre a doença?

- Talvez sim, talvez não... – Ele deu de ombros. - Eu não sei o que é.

- Você quer que eu te diga o que tenho?

- Sim. – Ele me olhou nos olhos.

- Sabe Gerard, eu tenho uma doença muito grave no coração, meu medico tentou de tudo, mas a doença continua se agravando... – Eu não sabia como continuar.

- Muito?

- Sim. – Balancei a cabeça positivamente. – Deve, meu medico, me deu mais ou menos duas semanas de vida.

- Você vai... – Ele não conseguiu continuar. – Você é tão nova, há quanto tempo tem isso?

- Tudo começou quando eu tinha 15 anos, 5 anos atrás.

- Você não teve direito nem de viver. – Ele parecia chocado.

- Eu teria desistido antes, mas eu encontrava forças em suas musicas. Elas me puxavam da minha depressão. Dave também me dava muita força, ele é como um pai para mim. – As lagrimas involuntariamente caíram dos meus olhos.

Gerard se levantou da cadeira e sentou-se ao meu lado na cama.
- Não chora. – Ele enxugou algumas lagrimas.

- Eu já me acostumei com isso, e além do mais meu ciclo se completou hoje. – Passei minhas mãos nos olhos para acabar de secar as lagrimas.

- Que ciclo? – Ele parecia confuso.

- Nascer, crescer, viver, amar, morrer. – Eu não conseguia olhar nos olhas dele.

- Você já amou? – Ele colocou delicadamente um dedo em meu queixo e levantou meu rosto para olhar em meus olhos.

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